Em harmonia com uma das capitais mundiais da moda, o principal aeroporto de Milão é uma ode ao design e arquitetura italianos. Uma construção luminosa e moderna, mas com visual e atmosfera distintamente retrôs, dá as boas-vindas aos seus visitantes. Embora possa parecer caótico e enorme, o aeroporto é bem estruturado e repleto de facilidades.
Atrás apenas do Roma-Fiumicino, o Aeroporto Internacional de Milão Malpensa atendeu cerca de 26 milhões de passageiros só em 2023. Juntamente com muitas rotas domésticas, ele tem voos diretos para 205 destinos em 81 países, fazendo dele um dos aeroportos mais bem conectados da Europa.
Malpensa fica a cerca de 48km do centro da cidade de Milão, mas ele é suficientemente bem interligado para que isso seja um inconveniente. O aeroporto é bem servido pelo transporte público e suas vias de acesso são fáceis, caso esteja alugando um carro para conhecer mais da Lombardia, da região das Dolomitas e Lagos Italianos (afinal, já que você chegou até aqui, por que não?). Os táxis que operam no local usam tabelas com preços fixos, portanto, não aceite corridas por taxímetro e evite más surpresas logo na sua chegada.
A menos que você tenha feito muitas compras durante a viagem e as malas limitem seus movimentos, o trem é o meio de transporte mais fácil. Conveniente e confiável, o Malpensa Express leva seus passageiros ao centro de Milão em 40 a 50 minutos. No caminho, ele passa por estações em Cadorna, Centrale, Porta Garibaldi e Bovisa, paradas convenientes para baldeações posteriores a outras grandes cidades italianas. Os trens partem com regularidade e frequência da estação ferroviária do aeroporto, junto ao Terminal 1.
Ônibus para a estação central de Milão também partem do aeroporto a cada 20 minutos, mais ou menos. As quatro empresas de transporte rodoviário – Terravision, Malpensa Bus Express (Autostradale), Malpensa Shuttle (Air Pullman) e Caronte – oferecem praticamente o mesmo serviço. Seus preços e horários são comparáveis aos do trem. Operadoras de ônibus de longa distância também ligam o aeroporto a destinos turísticos como Turim, Gênova e os Lagos Italianos.
Se você está indo para outros lados na Lombardia, para os Lagos, Dolomitas ou além, alugar um carro é essencial para poder visitá-los sem grandes malabarismos logísticos. Ambos os terminais têm balcões de locadoras de veículos, mas o Terminal 1 tem as melhores opções. Geralmente, eu opto pela Drivalia, pois considero que seus serviços oferecem melhor custo-benefício. Evite a Goldcar, cuja reputação é, no mínimo, questionável.
Malpensa é o principal aeroporto do norte da Itália. Seus dois terminais operam uma variedade impressionante de serviços domésticos, de curta e longa distância. O Terminal 1, no lado oeste, é o mais novo e muito maior em tamanho, abrigando todos os voos internacionais de longa distância e quase todas as companhias aéreas operando no local. O outro é o terminal original e o menor de todos, e foi rebaixado para o atual status de “Terminal 2”. Hoje, ele é ocupado exclusivamente pela companhia de baixo custo easyJet.
Os terminais são separados por uma pista, então se precisar transitar entre eles, você precisará pegar o ônibus gratuito – o trajeto é de cerca de 10min. Mas lembre-se de seguir as placas para "Terminal Shuttle" ou "Navetta", e não para "Malpensa Express". Mais de uma vez, já vi passageiros em conexão confusos dentro do trem rumo ao centro de Milão por terem seguido as placas erradas. A saída estimada do ônibus é a cada 20 minutos durante o dia, e a cada 30 minutos entre 1:30 e 3:30 da manhã.
Mas a verdade é que nem sempre é assim. Os horários são irregulares e muitas vezes ignorados, e os ônibus saem frequentemente lotados, o que significa outra longa espera até o próximo. O estresse natural que isso causa conforme a ameaça de conexões perdidas cresce pode levar a temperamentos exaltados. Se você estiver viajando na alta temporada, separe uma horinha para a conexão, apenas por precaução. Na pior das hipóteses, também dá para pegar um táxi até o outro terminal. Nas vezes em que fiz isso, compartilhei a corrida com outros passageiros que também aguardavam o serviço para diminuir o custo.
Embora Malpensa seja enorme e, em comparação a outros grandes aeroportos, relativamente tranquilo em termos de quantidade de passageiros, as filas ainda existem. Reserve uma hora se você for despachar bagagens e fazer check-in no aeroporto, ainda mais na alta temporada, já que as companhias aéreas podem estar com falta de pessoal para o atendimento.
A segurança em Malpensa também tem a fama de ser lenta e um pouco caótica. Eu certamente já vivi todo o leque de experiências, desde passar direto por ela até esperar mais de uma hora. No entanto, as coisas estão melhorando. A segurança do T1 instalou agora scanners inteligentes, o que significa que laptops e líquidos podem permanecer nas malas, acelerando de modo significativo o processo. Mas tenha em conta que a União Europeia (temporariamente, espero) reinstituiu o limite de 100ml para líquidos na bagagem de mão.
Outro ponto crítico é o controle de passaporte para destinos fora do espaço Schengen, como as Américas, onde as filas podem ser longas. É bom se prevenir e chegar com boa antecedência, já que o controle acontece após a segurança mais próxima dos portões – e é fácil perder a noção do tempo quando estamos tomando um cafezinho com bolo.
É praticamente impossível errar de terminal. Caso esteja voando com qualquer outra companhia que não seja a easyJet, você deve ir para o Terminal 1. Muitas companhias aéreas operam voos diretos para Milão com saídas de diversos destinos internacionais, inclusive com algumas saídas do Brasil.
Existem cerca de 14 rotas diretas diferentes ligando Malpensa aos Estados Unidos, por exemplo, com Nova York sendo a cidade mais bem atendida. Caso contrário, como na maioria dos aeroportos europeus de hoje, as principais companhias aéreas em termos de número de passageiros e rotas são todas de baixo custo e curta distância.
Os portões A24-A30, A50-A61 e B26-B3 ficam no piso térreo do terminal principal. No primeiro andar, três terminais satélites – A, B1 e B2 – abrigam os portões distantes das principais áreas de lojas e restaurantes. O terminal satélite A (A1-A11) atende destinos domésticos e do espaço Schengen; já do B1 (A71-A80 e B71-B80) são operados voos fora do espaço Schengen e alguns outros de longa distância. Os portões B50-B59 do terminal satélite B2 também atendem destinos intercontinentais.
O prédio principal do Terminal 1 é um extenso shopping center. Ele traz uma enorme e luxuosa combinação de três praças, ou "piazze", com mais de 100 lojas, cafés, bares e restaurantes. Você encontrará alta costura e preços elevados na Piazza del Lusso, uma reinterpretação do famoso shopping Galleria Vittorio Emanuele de Milão. Há uma forte influência italiana em tudo, desde a primeira loja de aeroporto da Giorgio Armani até adoráveis acessórios de couro da Coccinelle.
Meu bolso tende mais para a Piazza del Pop, lar de designers e marcas italianas emergentes. Os chocolates da Venchi também são incríveis! Embora haja opções para comer e beber aqui e ali por todo o lugar, o foco está na Piazza del Gusto, onde você pode encontrar autêntica comida italiana de alta qualidade. Meu favorito de longa data e agora parada obrigatória é o maravilhoso Ferrari Spazio Bollicine.
Se você se esbaldou nas lojas de Milão e está voando para fora da União Europeia, este é o momento de pedir a restituição dos impostos das suas compras antes de sair do país. Existem oito balcões de reembolso do VAT no T1 – lembre-se apenas de guardar seus recibos.
O T2 é pequeno em comparação ao T1 e, portanto, muito mais fácil de se encontrar nele. Como a easyJet é a única companhia aérea a operar dele, a qualidade e a quantidade de instalações são mais focadas no mercado de companhias de baixo custo. Sendo assim, você não deve ter pressa para passar pela segurança e chegar ao chamado Lado Ar – a área de circulação restrita.
Passada a segurança, os portões são distribuídos em dois níveis. No primeiro andar estão os portões D7 a D15, e no térreo, passando pela área de duty free da Dufry, D1 a D5. Siga pelo corredor e você encontrará todos os portões E antes de chegar ao último grupo D, do D18 ao D22, ao final. Para dizer a verdade, eu nunca consegui entender essa distribuição, mas não há portões suficientes para a gente se perder.
Embora as opções de compras e restaurantes não se comparem às do T1, a comida aqui ainda é melhor do que na maioria dos aeroportos na Europa. Afinal, estamos na Itália. Dos poucos restaurantes disponíveis, o Stortellini do térreo elabora deliciosos pratos de massas frescas. Seu vizinho, o Pizza Flor, assa uma pizza incrível com flores comestíveis, se essa ésua praia. E ao lado do Duty Free, você ainda encontra algumas lojas, cafés e confeitarias.
O T1 tem uma abundância de excelentes salas VIP, embora com tantas lojas e restaurantes ao redor, ignorá-las por completo seria algo compreensível. Liderando o grupo estão as salas dedicadas da Lufthansa e Emirates, sendo a desta última provavelmente a mais luxuosa no aeroporto – e mais exclusiva para entrar. Existem algumas com convites permanentes para passageiros de Primeira Classe, Executiva e Premium, mas que também disponibilizam acesso pago a portadores de passagem na Econômica.
Na área não-Schengen, o Montale Lounge é a maior e mais econômica sala VIP, e atende melhor às famílias. O novo Pergolesi Classic Lounge foi aberto em 2024 com uma proposta similar, mas é o Gae Aulenti Premium Lounge que reina absoluto. Menor, mais íntimo e mais luxuoso, ele também serve uma excelente comida, desde seu bom buffet até o ótimo menu à la carte.
O Terminal 2 tem apenas uma sala VIP, a Alda Merini. Inaugurada no verão de 2024, é um espaço lindamente projetado em torno de um jardim vertical central com imagens de Milão iluminadas por trás. Com boa comida e zonas de relaxamento e trabalho, é uma ótima alternativa à falta de comodidades do T2, pelo preço de uma única refeição.
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Código IATA | MXP |
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Opera em | Milão |
Terminais | 1, 2 |
Principais companhias aéreas | Qanot Sharq, flynas, Philippine Airlines |